Analista do INSS: a fonte dos desejos dos concurseiros


Por que será interessante virar servidor? A pergunta está na boca dos professores de cursos preparatórios. Com a liberação por parte do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) para a realização de um novo concurso para analista do seguro social do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), concurseiros de todo o país se agitam com a iminência daquele que é um dos concursos mais ansiados, debatidos e concorridos do país. Mas na avaliação de especialistas ouvidos pelo JC&E, a motivação – fera não tão fácil de ser domada – continua sendo a força primária para guiar concurseiros à tão sonhada aprovação. É preciso, segundo eles, enxergar além do salário e estabilidade para alcançar motivação plena para um concurso tão difícil.

A seleção
Aguardada desde o anúncio do concurso para os cargos de técnico do seguro social e médico perito previdenciário - processo de seleção realizado ao longo de 2012 e cujos aprovados estão sendo nomeados – a seleção para a analista terá 500 vagas. Consultada pela reportagem do JC&E, a assessoria de imprensa do órgão informou que ainda não há uma definição se poderão se candidatar a essas ofertas profissionais com formação superior em diversas áreas, como ocorreu na seleção organizada pelo Cespe/UnB em 2008, ou apenas de uma ou outra graduação específica, como se deu em 2010 na seleção organizada pela Funrio em que só podiam concorrer profissionais formados em serviço social. Essa decisão, no entanto, deve ser tomada em até três meses.

Ainda que o INSS não se manifeste a respeito, a tendência é que o concurso que se avizinha contemple diversas áreas como arquitetura, arquivologia, administração de empresas, biblioteconomia, ciências da computação, ciências contábeis, direito, engenharia, estatística, pedagogia, psicologia e terapia ocupacional. Isso porque já faz cinco anos desde o último concurso com ofertas para essas áreas.

A remuneração de momento para o posto de analista consiste em R$ 5.911. Já consideradas as gratificações por atividade executiva e por desempenho. Além do auxílio-alimentação. Um reajuste acordado com o governo federal, no entanto, entra em vigor em 2013.

Indo por partes
Ítalo Romano Eduardo, professor de direito previdenciário da Rede LFG, adverte que este é o momento para se decidir por ser um candidato competitivo ou não. “Eu entendo que a partir do quarto ou quinto mês de preparação bem direcionada, focada e planejada, o candidato já entra (no concurso) disputando vaga”. Como o INSS tem até seis meses para divulgar o edital, e é improvável que o faça antes de julho, o momento de iniciar os estudos é este. “Neste período, deve-se dar atenção às matérias básicas que certamente irão constar do edital: português, direito constitucional, direito administrativo, raciocínio lógico, informática, atualidades, ética no serviço público e especialmente à legislação previdenciária, pois é a disciplina mais importante nos concursos para o INSS. O candidato deve ficar atento, pois essa disciplina é dividida em duas partes, uma relativa aos benefícios e outra ao custeio. Sugiro que nesse momento, anterior ao edital, o candidato dê atenção unicamente à parte relativa aos benefícios previdenciários e aos assuntos correlatos, tais como: carência, segurados, dependentes, período de graça e etc”.

Marcelo Marques, professor e diretor do site Concurso Virtual, pensa parecido. Mas sugere certo método. “O concurseiro deve, primeiramente, fazer uma planilha. Nela, ele vai avaliar quais são as lacunas de tempo que tem livre, e quais espaços poderiam ser mais bem utilizados”.

O professor continua com a descrição do que julga ser a melhor metodologia. “Com as disciplinas que irão cair no concurso em mãos, o concurseiro deve pensar quais são as matérias que merecem maior atenção, por ele ter maior dificuldade, e quais ele já está mais entendido. Além disso, o candidato precisa avaliar quais atividades que ele executa no seu dia que poderiam ser interrompidas nesse período de preparação. “Se ele viaja com frequência, se costuma frequentar festas todos os fins de semana, etc”.

Ele descreve a ordem a ser seguida nos estudos também: “Deve se estudar a teoria e depois partir para a resolução de exercícios, provas anteriores e simulados. Destaco, ainda, que as matérias que merecem maior foco devem ser escolhidas de acordo com as dificuldades e conhecimentos anteriores do candidato. Ou seja, se o concurseiro tiver maior dificuldade em direito, e souber muito de português, então a atenção deve ser para o direito, e vice e versa”.

Escolhas, escolhas
Os cursos preparatórios são valiosas ferramentas na busca pela aprovação em concursos tão disputados como este do INSS. Esses cursos além de se multiplicarem, se pluralizaram por variadas plataformas. Marques acredita que um conjunto de fatores deve nortear a escolha dos interessados em munir-se das potencialidades que um curso preparatório oferece.

“Antes de escolher, o candidato deve buscar quem são seus idealizadores. Por que eles resolveram abrir um curso? Outro fato importante a se considerar é o corpo docente. Quais são os professores que lecionam no curso? Um terceiro aspecto importante é saber quais são os materiais de apoio que o curso oferece”.

“Outro ponto importante, mas que depende da metodologia de ensino que o candidato pretende escolher é sobre a estrutura do curso. Se o curso é presencial, busque saber como são as salas de aula, conforto, e etc. Agora, se o curso é online, busque saber sobre a qualidade das vídeoaulas, sobre a plataforma que o curso oferece para transmitir as vídeoaulas”, sugere Marques. Romano Eduardo declara preferência pelo método telepresencial, mas reconhece a eficácia dos cursos mais tradicionais.

“O candidato deve buscar um bom curso preparatório, seja pelo método presencial ou online. O método de ensino mais eficaz de estudar vai depender das necessidades do aluno, e de sua experiência com o ensino”, sacramenta Marques.

A motivação, afinal
“Se você acha que pode ou que não pode, você tem razão”, a frase é de Henry Ford, um dos empreendedores mais notáveis dos Estados Unidos, mas serve como convite à reflexão ensejado por Romano Eduardo em suas aulas sempre temperadas com doses de motivação.

“São quatro passos, ou melhor, quatro ‘Ds’”, explica. “Desejo, direção, dedicação e disciplina”. Ele rima esses ‘Ds’ com os ‘Rs’ de renúncia, rotina e repetição. A brincadeira traduz, no entendimento do professor, a necessidade de se eleger algo importante o suficiente que justifique o empenho por um cargo público, no caso no INSS, que esteja ao menos indiretamente desvinculado das famigeradas “estabilidade” e “remuneração”. Elegendo esse “desejo”, na avaliação de Romano Eduardo, os outros ‘Ds’ e ‘Rs’ se estabelecem mais naturalmente.

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